A Black Friday é uma comemoração que se iniciou nos Estados Unidos, um dia após o “Dia de Ação de Graças”. A data é a largada para o início das compras natalinas. Nos Estados Unidos esse dia de promoção funciona de verdade diferente de outros países, que adotaram o termo como uma propaganda enganosa para vender aquele produto que está há muito tempo parado no estoque.
E mais uma vez no Brasil a Black Friday trouxe dor de cabeça para muitos consumidores.
As primeiras horas da Black Friday se tornou uma avalanche de reclamações no site “Reclame Aqui!”. Foi registrado mais de 100 queixas por hora. A reclamação mais comum era de propaganda enganosa.
O site fez um levantamento das reclamações, que totalizou mais de 2,3 mil. Em 14% o motivo é propaganda enganosa, 9,8% tiveram problemas ao finalizar as compras e 9% são sobre divergências de valores.
Vale lembrar que essas são as reclamações feitas por usuários que conhecem o site “Reclame Aqui!” para poder se expressar e tentar resolver os problemas. Imagine quantos outros consumidores tiveram problemas.
Em uma pesquisa feita pela Techpod, o site Mercado Livre também apresentou divergência nos preços por parte dos vendedores. Analisamos no dia 20 de novembro alguns anúncios de vídeo-game. Encontramos um PS4 Slim com 1Tb de espaço em HD por R$1.379,98. No dia 24 de novembro retornamos ao mesmo anuncio: o preço havia mudado e o tamanho do armazenamento também, passando o console para R$ 1.449,99 com HD de 500Gb. E ainda havia o valor alterado da promoção (aparecendo riscado) “De: 2.700,00 – Por: R$1.449,99”.
O Nintendo Switch também entrou na fila. O preço variava entre R$ 1.600,00 antes da Black Friday, já no dia 24 de novembro os valores se aproximavam e até passavam de R$ 1.800,00.
Infelizmente o nome “Black Friday” é usado no Brasil como um merchandise enganoso, atraindo muitos consumidores por “preços imbatíveis”.